Sisema conhece proposta para uso futuro da Mina de Águas Claras, em Nova Lima

Notícia

Ter, 15 abr 2025
Projeto prevê participação da sociedade na construção de soluções para o espaço desativado em 2002

Foto: Divulgação Sisema
Desativada em 2002, a mina passou a ser gerida pela Vale em 2006, com o início das obras de recuperação ambiental e fechamento da área
Desativada em 2002, a mina passou a ser gerida pela Vale em 2006, com o início das obras de recuperação ambiental e fechamento da área

O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) conheceu, nesta segunda-feira (14), o projeto em desenvolvimento para o uso futuro da área da Mina de Águas Claras, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A proposta, que ainda está em fase de estudos e consultas públicas, foi apresentada durante visita técnica realizada pela secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, e pelo diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Breno Lasmar, acompanhados de equipe técnica do Sisema.

Desativada em 2002, a mina passou a ser gerida pela Vale em 2006, com o início das obras de recuperação ambiental e fechamento da área. A intenção da empresa é realizar entregas progressivas, conforme cada etapa for sendo concluída. 

Com aproximadamente 2 mil hectares, o espaço abriga importantes áreas de conservação, incluindo os 1.225 hectares da Mata do Jambreiro, que compõem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 

De acordo com o diretor de Licenciamento Ambiental da Vale, Daniel Medeiros, o projeto de fechamento da mina prevê a entrega progressiva das áreas recuperadas. “Devido à magnitude do espaço, os trabalhos serão organizados por setores. Acreditamos que esse projeto será um diferencial para a Região Metropolitana. É uma devolutiva de grande importância e com potencial de amplo uso pela comunidade”, afirmou.

A iniciativa também prioriza o diálogo com a população, com a realização de consultas públicas para ouvir propostas e expectativas sobre o futuro do território. O diretor-geral do IEF, Breno Lasmar, destacou que a construção coletiva é um avanço na forma como se pensa a recuperação ambiental. “Chamar a sociedade para construir junto esse uso futuro representa uma mudança na visão sobre recuperação, pois permite que a comunidade opine e seja ouvida”, ressaltou.

Já a secretária Marília Melo reforçou o caráter inovador da proposta e o compromisso com o legado pós-mineração. “A vida útil da mineração não termina com o fim da exploração. Não se trata apenas de um recorte temporal. Existe a possibilidade de se deixar um ativo futuro. É isso que está sendo feito aqui: um projeto, ainda em desenvolvimento, que pretende devolver essa região tão especial para a população”, concluiu.

Ascom/Sisema