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Programa alternativo de geração de renda é desenvolvido no entorno no Parque Estadual do Ibitipoca

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Com os objetivos de realizar ações de fortalecimento e desenvolvimento e criar alternativas de renda em bases ecológicas no entorno do Parque Estadual do Ibitipoca, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) mobilizou uma rede de parceiros para discutir as possíveis alternativas de desenvolvimento das comunidades do entorno da unidade de conservação. Um projeto piloto foi desenvolvido para diagnosticar as demandas e potencialidades e, por meio de uma feira, realizada no segundo semestre de 2007, o grupo identificou as necessidades mais urgentes das comunidades envolvidas.

As formas tradicionais de uso da terra, exemplificadas pela pecuária extensiva, queimadas e plantio em áreas protegidas ou com grande declividade, foram identificadas como problemas que precisam ser trabalhados no entorno do Parque. O Projeto de apoio ao desenvolvimento da Agricultura Familiar e à Sustentabilidade do Meio Rural, apresentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e denominado "Conhecimentos e saberes locais: inserção social e econômica de produtores de leite de base familiar e quilombolas em ambiente sustentável" foi selecionando e pretende desenvolver ações para minimizar os impactos causados pela ocupação dessas áreas, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.

Para a realização da proposta foram escolhidas 14 comunidades em nove municípios, que têm a produção de leite em pequenas propriedades como principal atividade geradora de emprego e renda. Nos municípios de Lima Duarte, Santana de Garambéu, Santa Rita do Ibitipoca, Pedro Teixeira, Olaria, Ibertioga, Carvalhos, Bocaina de Minas e Alagoa e no quilombola Colônia do Paiol, serão desenvolvidas alternativas de renda, envolvendo atividades agropecuárias (relacionados à produção de leite) e não-agropecuárias (artesanato e turismo rural). Dos dez municípios selecionados, sete estão no entorno do Parque Estadual do Ibitipoca e os outros três no núcleo Mantiqueira II do Corredor Ecológico da Mantiqueira.

A analista ambiental do Instituto Estadual de Florestas, Clarice Silva, comemora a realização do Programa nas comunidades do entorno do Parque. "Nos 34 anos de existência da Unidade de Conservação, esse é o momento em que o Parque poderá efetivamente colher resultados e contribuir para o desenvolvimento das comunidades de seu entorno, graças a parcerias bem feitas e estruturadas", frisa.

Os pesquisadores da Embrapa e coordenadores do projeto, Fabio Homero Diniz e Maria de Fátima Ávila Pires, enfatizam que o foco da pesquisa são as pequenas propriedades de produção de leite, tradicionalmente a principal atividade da região. A idéia  é  através da utilização de tecnologias em base agroecológicas, tornar estas propriedades mais eficientes, aumentado a produção e melhorando a qualidade de leite, contribuindo assim para manter "o homem no campo" e consequentemente a paisagem rural,  atrativo para grande parte dos turistas que frequentam a região.

Com investimento de R$ 182.658,00 provenientes da Embrapa e com duração de três anos, o projeto irá desenvolver ações de gestão do projeto, sistematização e proposição de alternativas agropecuárias e não agropecuárias em base ecológica, inventário de fitoterápicos e disponibilização de alternativas agropecuárias de produção de leite e pasto. O projeto conta ainda com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), do Circuito Turístico Serra do Ibitipoca, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).

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